28 de junho de 2009

IGREJA MATRIZ NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO

A ESTAÇÃO

1905

A ESTAÇÃO EM RUÍNAS

INÍCIO DA REFORMA

A ESTAÇÃO REFORMADA
A ESTAÇÃO: A estação de Canhotinho foi inaugurada em 1885 como ponta da linha que vinha do Recife, permanecendo nessa condição por 2 anos e meio, quando a ferrovia foi prolongada até Garanhuns. A localidade, existente desde meados do século 19, tinha o nome devido aos irmãos Canhoto (que morava "para as bandas do Lajeiro e da serra dos Bois") e Canhotinho, o mais baixo dos irmãos e que morava próximo aonde mais tarde se construiu a estação, no final da Rua da Estação. "Localizada a 60 quilômetros a leste de Garanhuns, Canhotinho só começara a prosperar após a chegada da ferrovia Sul de Pernambuco, em 2 de outubro de 1885. Nesse dia, registrou o reverendo Cícero Siqueira, a população da cidade foi despertada pelo sibilo da primeira máquina de trem, ainda à espera do assentamento dos últimos trilhos até a estação ferroviária, de há muito construída à espera dos mesmos. O trabalho terminaria naquela mesma tarde, sendo a estação formalmente inaugurada. Chegara o trem. Chegara o “progresso”. Houve festa, regozijo, espocar de rojões e foguetório. As pessoas da pequena freguesia de São Sebastião de Canhotinho, no entanto, dificilmente compreenderiam o verdadeiro impacto desse evento na futura existência de sua diminuta vila. As terras em toda a região, dominadas por um pequeno grupo de coronéis, já produziam algumas colheitas de consumo local – feijão, milho, macaxeira, mandioca, rapadura, leite, queijo e manteiga. A chegada da ferrovia, no entanto, daria condições para a produção de outros produtos agrícolas, para serem exportados, incrementando grandemente a economia local. Logo após o evento da chegada da ferrovia, as terras onde já se havia iniciado a plantação de produtos de “exportação”, como o algodão, começaram também a produzir tabaco e cana de açúcar. Em breve haveria 47 engenhos na localidade, apenas três dos quais produziam rapadura. O restante dedicava-se à produção do açúcar mascavo, para ser enviado ao Recife e às usinas beneficiadoras. A cidade chegou a ser até um centro de exportação de orquídeas para os Estados Unidos da América, como veremos adiante. Esse foi o começo de um período de quase 75 anos de prosperidade. A vila tomou foros de cidade. Tornou-se, também, um centro para a exportação dos produtos de todos os municípios vizinhos. (...) A chegada do primeiro evangélico em Canhotinho, foi típica daquela época. Este foi o já mencionado vendedor de Bíblias Antônio Vera Cruz, humilde ajudante do Dr. Butler em Garanhuns. Vera Cruz vendia Bíblias, Novo Testamentos e panfletos evangélicos nas cidades ao longo da ferrovia Sul de Pernambuco. Em um desses périplos, a caminho de Canhotinho, onde nunca estivera antes, Vera Cruz teve a má sorte de viajar no mesmo trem com vigário local. Este, reconhecendo-o, resolveu impedir suas vendas de Bíblias naquela cidade. O vigário então chamou o povaréu, que sempre ia à estação esperar o trem – o grande divertimento diário local - para colocar Vera Cruz de volta no comboio, e despachá-lo para outros lugares. Como Vera Cruz se recusara a obedecer, o povo passou a atacá-lo fisicamente. A barulheira era tanta que o Coronel Manoel Caetano Vidal – dono de terras e político local - naquela hora trotando seu cavalo a caminho da estação ferroviária, apressou o animal para ver do que se tratava. Ao chegar lá, perguntou o que ocorria, sendo informado de que era um “bode nova-seita”, sendo surrado para ir embora" (Canhotinho: Dr. Butler e Seus Amigos - site www.geocities.com/davidgueiros). Mais tarde a linha de Paquevira a Garanhuns foi transformada em ramal, com a abertura da E. F. Sul de Pernambuco, a partir de Paquevira. Não sei a situação atual da estação. (Fontes: Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; www.geocities.com/davidgueiros; Flavio Cavalcanti, 2006; Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, IBGE, volume XVIII, 1958; Guias Levi, 1932-1980)

DJ PERUCA

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IGREJA PRESBITERIANA DE CANHOTINHO





HISTÓRIA

Em 1898 Dr. Butler e família mudaram-se de Garanhuns para Canhotinho. O evangelho já tinha sido levado para Canhotinho pelo presbítero Vera Cruz, embora a população local houvesse resolvido não permitir que a "nova seita" entrasse nos seus limites.
A chegada de Vera Cruz foi verdadeiramente dramática.

Certo dia, quando estava na sua plantação de café, Caetano Vidal ouviu um grande vozoeiro na estação ferroviária .
- Que é que está acontecendo na estação? Gritou ele a um dos criados.
- Chegou uma "nova seita" no trem de Garanhuns e o povo quer apedreja-lo.
- Neste caso, eu vou também jogar a minha pedra! Disse ele e montou a cavalo.
A toda brida e firme no seu propósito, foi ele na direção do barulho. Ao chegar lá, porém ficou profundamente surpreso com a atitude de Vera Cruz que, sentado e de Bíblia aberta nas mãos, esperava pacientemente a morte. Seu coração se encheu de piedade e mudou rapidamente de idéia: ao invés de apedrejar, defenderia. Tomando a frente da multidão, dirigiu-se ao estranho visitante.
- Ei, levante-se e venha comigo!
- O senhor representa as autoridades deste lugar? Perguntou o pregador.
- Não, eu não represento nada, mas é melhor vir.
Certo de que nada, exceto a violência, o aguardava, Vera Cruz se levantou e o seguiu.
Caetano, ainda que de origem humilde, pois fora um garoto que não recebera educação, que jamais tinha conhecido o cuidado de um pai, ou o carinho de uma mãe, era agora um homem de influencia em Canhotinho, um dos seus ricos plantadores de café e cana. Isto o ajudou naquele momento de decisão.
Enquanto os dois se apressavam em chegar à casa de Caetano, subindo a ladeira do Alto da Parasita, a multidão os seguia, pronta a entrar em ação. Quando alcançaram a residência, Caetano empurrou Vera Cruz portão adentro, postou-se de frente para a turba e gritou:
- Alto lá! Este homem agora é meu hóspede e eu vou defende-lo enquanto tiver forças. É melhor ninguém avançar. Atrás de mim estão meus cachorros e atrás dos cachorros minhas armas.
Quando a multidão se dispersou, já no interior da casa, Caetano perguntou-lhe o que tinha ido fazer ali. Vera Cruz respondeu:
- Eu vim pregar o evangelho de Jesus Cristo.
- Pois bem! Retrucou Caetano: Se foi isto que veio fazer, pode começar e não precisa se preocupar com o tempo.
A situação estava praticamente ganha. À noite Vera Cruz falou para a família toda.
Ao recolher-se ao quarto de hospedes, gastou ainda alguns minutos lendo a Bíblia em voz alta, no que foi ouvido pela esposa de Caetano. Para melhor escutá-lo ela se aproximou do quarto e disse depois ao esposo: "Isto parece ser coisa de Deus".
Naquela mesma casa ainda no ano de 1898, realizaram-se os primeiros cultos e daquela família saíram baluartes do trabalho iniciante. Quando o Dr. Butler foi para lá, um mês depois, encontrou já as portas abertas e um pequeno núcleo de crentes pronto a recebe-lo.
Canhotinho, que serviu de morada ao Dr. Butler, pelo resto da vida, é uma cidade do agreste pernambucano, situada a 210km do Recife, na direção sudoeste. Está a 467 m de acima do nível do mar, oferece graças à sua altitude, clima saudável e ameno, ainda que quente úmido, caracteriza-se por uma topografia acidentada, o que dá lugar a dois níveis na cidade: cidade alta e a baixa.
A região começara a ser povoada em 1812, Habitava, nesta época, dois irmãos, a margem do rio canhoto, que ate então não tinha nome. Um deles se estabeleceu no local onde ora se estende a conhecida rua da Estação, e o outro, mais acima, ao norte, no lugarejo chamado Canhoto, para as bandas do Lajeiro e da Serra dos bois. Sucede que este último ficou conhecido, por todos que o cercavam, pelo apelido de Canhoto, que mais tarde se transmitiu ao rio, como este fosse de propriedade do referido senhor que ocupava um ponto único em todo o seu curso. O primeiro, já mencionado, que era de estatura baixa foi apelidado de Canhotinho, para que fossem diferenciados. Canhotinho, extremamente devotado a São Sebastião, erigiu uma capela que serviu de atração para outras pessoas.
Daí por diante, as casas começaram a aparecer ao redor, e, com as casas, as ruas. Formara-se um pequeno povoado. Pouco a pouco o progresso se fez sentir. Em 1822, o lugar foi elevado à categoria de distrito, pertencendo ao Município de São Bento.
Em setembro de 1885, foi concluída a estação ferroviária, chegando também ali a primeira locomotiva. Em julho de 1890 o povoado foi elevado à categoria de vila e, em outubro, com a nova divisão geopolítica, passou a fazer parte do município a localidade de Lajedo. Canhotinho se nivelava agora a Calçado e a Glicério, partes da mesma unidade. O primeiro Conselho Municipal foi eleito a 23 de janeiro de 1893, cinco anos antes da chegada do Dr. Butler. Pouco depois, a 14 de maio de 1903, a vila adquiriu o nível de cidade, chamando-se São Sebastião.
Fixar residência, em Canhotinho não foi fácil. Ninguém queria vender ou alugar uma casa ao Dr. Butler. O mesmo lhe havia acontecido em Garanhuns. Depois de muita luta, conseguiu uma casa no Alto da Parasita, o Alto que haveria de testemunhar toda a sua ação cristã de médico-pregador. Ficava perto de onde morava Caetano Vidal.
Somente o desafio do lugar o levou a aceitar as condições dessa primeira casa onde morou. Na verdade, ela não oferecia as mínimas condições de moradia: era de taipa (sopapo, como diziam); o teto gotejava quando chovia; o assoalho era de terra batida, sujo e negro; a cozinha havia sido improvisada ao ar-livre, no quintal, à chuva e ao sol; a água potável era de má qualidade e quase não havia água para banho; tinha só três cômodos, que eram usados continuamente como sala de cultos, de recepção, quartos de dormir e hospital. A pequena entrada era iluminada por uma lâmpada a querosene e mobiliada com bancos que o Dr. Butler mesmo fez. O púlpito era uma mesa redonda, também usada como laboratório, durante o dia. E para completar o desconforto, o teto era freqüentemente visitado por pequenas cobras, que nele procuravam aninhar-se. Certa vez, quando Da. Rena ensinava às crianças, uma dessas cobras lhe caiu sobre a cabeça, causando-lhe terrível susto, e criando-lhe um medo de serpentes nunca mais vencido.
Assim o Dr. Butler estabeleceu-se em Canhotinho, como médico e pregador. Apesar da pobreza das instalações, foi fácil obter grande êxito no trabalho desde o inicio em virtude da carência da região.
A situação de moradia tomou depois outro aspecto, com a construção de novas casas. Em Canhotinho, começou edificando casas, atendendo às necessidades locais. Com as próprias mãos, ajudou nas construções.
Primeiro levantou uma casa de estilo simples na qual se destaca ainda hoje o sótão, seu quarto de oração. Depois, edificou outra casa ao lado, com melhores instalações, e aspecto mais agradável, onde a família passou a morar. Para atender às necessidades médicas, levantou mais uma casa onde fez funcionar a farmácia e o laboratório. Mais tarde, construiu um edifício para o hospital. Duas outras construções foram muito importantes para ele, porque preencheram as lacunas que ainda existiam: a escola e a Igreja. Elas completaram o seu trabalho, dando à ação cristã um caráter mais completo: religião, saúde e educação.
O ambiente da região de Canhotinho estava tornando mais alegre para os Butlers até que algo terrível aconteceu. No dia sete de fevereiro de 1898, triste noticia abalou os meios evangélicos pernambucanos.
O coronel Joaquim Vitalino havia convidado o Dr. Butler para fazer cultos na Baixa e em São Bento. O convite foi aceito com alegria, tanto por ele como pelo grupo de crentes que costumava acompanha-lo nessas viagens. Foram, então, montados a cavalo, para a vila de São Bento, onde, durante cerca de três dias, realizaram cultos especiais e conferências. Ao mesmo tempo, o Dr. Butler receitava o povo.
Na manhã do quarto dia, prepararam-se para voltar. Um dos companheiros, Manuel Corrêa Vilella, conhecido como Né Vilella, foi um dos últimos a montar bem ao lado do Dr. Butler. De repente, surgiu um homem cavalgando em disparada, dirigindo-se para os dois. "Alguma noticia de emergência!" pensaram. Na verdade, tratava-se de um carteiro, o conhecido Negro Velho, que se caracterizava pelo fanatismo anti-evangélico. Desta vez, porem a mensagem que deveria entregar era a morte, endereçada ao Dr. Butler, remetida pelo vigário local, o Pe. Joaquim Alfredo.
A cena foi rápida e inesperada. Negro Velho atacou primeiro o Dr. Butler a cacetadas. Avançando em sua direção, Né Vilella aparou a pancada e, descendo do animal, em gestos rápidos e fortes, tomou-lhe o cacete. Houve quem segurasse o cruel estafeta, mas ele conseguiu soltar-se e voltou a atacar com fúria ainda maior. O seu aspecto era verdadeiramente diabólico: os olhos esbugalhados, o rosto arroxeado pela cólera. Arremessou ema pedra no medico e de punhal na mão. Vilella rápido como uma serpente, tomou a dianteira e recebeu a punhalada, que o atingiu no peito esquerdo. Em menos de cinco minutos expirou.
Naquele exato momento, quando o assassino estava ainda mergulhado na indecisão de que não sabe se vai adiante no seu ato ou foge, Dr. Butler saltou do cavalo e ajoelho-se ao lado do amigo que rendia o espírito. Levantou-se em lagrimas e exclamou:
-Mata-me também! Satisfaze tua sede de sangue! Não sou melhor do que o irmão que tu mataste.
Mas Negro Velho fugiu. O Coronel Vitalino ainda o perseguiu, mas em vão.Recobrando o animo e o auto-controle o Dr. Butler pregou ali mesmo.
A morte de Né Vilella, porém resultou na conversão de muitas pessoas que, apartir daquela data, começaram a se interessar pelos ensinos da nova igreja. Poucos meses a 26 de julho o Dr. Butler batizou 34 pessoas em Catonho, no mesmo município de São Bento, e mais 16, daí a dias, em Vitória, no vizinho Estado de Alagoas.
A inauguração no dia 20 de junho de 1915, foi profundamente tocante. O Dr. Butler proferiu o sermão inaugural, entre lágrimas de grande emoção. Depois de relembrar os fatos relacionados com a morte de Né Vilella em seu lugar, concluiu lembrando que Jesus também morrera por ele. Após, convidou os companheiros de viagem, testemunhas dos acontecimentos, para depositarem a urna, com os ossos do mártir, sob o púlpito. Uma lapide de mármore traz os dizeres: "Em memória de Né Vilella, assassinado em São Bento por causa do Evangelho - 1898". (hoje os ossos de Né Vilella se encontram no mesmo tumulo onde estão os do Dr. Butler.).

Geografia


Localiza-se a uma latitude 08º52'56" sul e a uma longitude 36º11'28" oeste, estando a uma altitude de 520 metros. Sua população estimada em 2008 era de 24.874 habitantes.
O relevo do município faz parte das superfícies retrabalhadas, sendo bastante dissecado e com vales profundos que compõem os morros que antecedem o planalto da Borborema.
A vegetação é predominantemente floresta subperenifólia, com partes de floresta hipoxerófila.
O município está inserido nos domínios do grupo de bacias de pequenos rios interiores. Seus principais tributários são os rios Canhoto e Inhaúma, além dos riachos da Casinha, das Paixões, do Esporão, Riachão e Sto. Inácio, todos de regime intermitente. Conta ainda com os açudes do Espeto e Brejo da Cinza.

27 de junho de 2009

FILHOS ILUSTRES


Álvaro Porto de Barros,
primeiro Prefeito reeleito na historia de Canhotinho, e considerado Prefeito que mais trabalhou pela cidade.
Eduardo Porto de Barros -
foi
Vereador na cidade de Jaboatão dos Guararapes, e Deputado Estadual.
Carlos Porto de Barros -










  • Bacharel em Direito pela UFPE (1974)
  • Diretor Estadual do Departamento de Assistência ao Cooperativismo - DAC - Governo de Pernambuco (1975/1978)
  • Consultor Jurídico do Estado (1986/1990)
  • Deputado Estadual à Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco durante três legislaturas (1979 a 1990)
  • Membro da Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (1979)
  • Vice-Líder do Partido Democrático Social - PDS (1982/1983)
  • Líder do Partido Democrático Social - PDS (1982/1983)
  • Presidente da Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (1983/1984)
  • Vice-Presidente da Assembléia Legislativa do Estado (1985/1987)
  • Vice-Líder do Partido da Frente Liberal - PFL (1987/1988)
  • Líder do Partido da Frente Liberal - PFL (1989/1990)
  • Deputado Constituinte do Estado de Pernambuco (1988/1989)
  • Líder das Bancadas de Oposição na Assembléia Estadual Constituinte
  • Participação em diversas Comissões Parlamentares de Inquérito
  • Participação em diversas Comissões de Emenda à Constituição Estadual
  • Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (Novembro/1990)
  • Vice-Presidente do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (Janeiro/1993 a Dezembro/1994)
  • Presidente do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (02 de Janeiro a 31 de Dezembro de 1995)
  • Diretor da Escola de Contas Públicas Professor Barreto Guimarães
Lourival Mendonça de Barros, foi Prefeito de Canhotinho por dois mandatos, e é pai de: Álvaro Porto de Barros, Eduardo Porto de Barros e Carlos Porto de Barros.

Dr. Pedro Afonso de Medeiros
Nasceu em Canhotinho, a 1º de março de 1895. Advogado e um dos responsáveis pelo desenvolvimento da cidade de Palmares, chegando a ser eleito prefeito daquele Município, no ano de 1926.



Costa Porto

(José Antônio da Costa Porto)

Nasceu em Canhotinho, no dia 13 de junho de 1909; filho do Capitão José Vitorino da Costa Gomes (Capitão Cazeca).
Foi um advogado, jornalista, historiador e político brasileiro.
Formação: Teologia e Direito Canônico - Seminário de Olinda; Ciências Jurídicas e Sociais – Faculdade de Direito do Recife.
Atividades docentes: História da Filosofia e da Literatura; Direito Administrativo; Direito Romano; Teoria Geral do Estado.
Cargos públicos: Promotor Público de Pernmbuco; Diretor do Departamento de Assistência ao Cooperativismo de Pernambuco; Presidente do Banco do Nordeste do Brasil; Presidente do Banco de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco – BANDEPE; Assessor da Associação Comercial de Pernambuco; Membro do Conselho técnico do Instituto Brasileiro de Reforma Agrária – IBRA; Procurador geral do Instituto Brasileiro do Café – IBC; Oficial de gabinete da Secretaria de Agricultura de Pernambuco; Secretário da Prefeitura do Recife; Diretor do Departamento de Assistência às Cooperativas do Estado de Pernambuco.
Atividades como jornalista: Redator do Jornal do Commercio; Redator do Jornal Pequeno; Redator da Folha da Manhã; Redator chefe e Diretor do Diario de Pernambuco; Diretor da TV Universitário, da UFPE.
Atividades literárias: Membro da Academia Pernambucana de Letras (Cadeira 5, eleito em 1954); Membro do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano.
Livros publicados: O açúcar num documento colonial; Duarte Coelho; Estudo sobre o sistema sesmarial; Formação territorial do Brasil; Marquês de Olinda e seu tempo; O pastoreio na formação do Nordeste; Pequena história da Restauração Pernambucana; Pinheiro Machado e seu tempo; O sistema sesmarial no Brasil; Os tempos de Barbosa Lima; Os tempos de Dantas Barreto; Os tempos de Duarte Coelho; Os tempos de Lima Cavalcanti; Os tempos da Praieira; Os tempos de Rosa e Silva; Os tempos da República Velha; Nos tempos do visitador; CANHOTINHO-Notas sobre suas Origens e Evolução Política.
Atividades políticas: Deputado Federal por Pernambuco – 1946-1950; Constituinte de 1946; Ministro da Agricultura no governo Café Filho, de 31 de agosto de 194 a 3 de maio de 1955. Na Assembléia Constituinte, apresentou uma emenda, dando aos Estados o direito de legislar supletivamente sobre o cooperativismo, e defendeu a denominação de Língua Portuguesa ao idioma falado no Brasil.
EVANDRO GUEIROS LEITE
O Ministro Evandro Gueiros Leite nasceu em Canhotinho - PE, em 7 de novembro de 1920, filho de José Ferreira Leite e Amélia Gueiros. Casou-se com Luci Gueiros Leite, tendo dois filhos: Gustavo Alberto e Suzana.
Formação Acadêmica: Fez o curso primário no Grupo Escolar Manoel Borba em Recife e o colegial no Colégio Oswaldo Cruz da mesma cidade, além de ter cursado o pré-jurídico no Ginásio Pernambucano. No curso ginasial, a partir do exame de admissão, obteve todas as premiações. Após o vestibular, ingressou na Faculdade de Direito do Recife, onde obteve o prêmio por colocação exemplar, obtida entre os três primeiros colocados.
Atividades Profissionais: Advogado militante no foro da cidade do Recife, de 1947 até 1952, onde trabalhou juntamente com os Drs. Nehemias Gueiros e Esdras Gueiros. De 1952 até 1967 advogou nos auditórios do Rio de Janeiro, antigo Estado da Guanabara, como membro do escritório de Nehemias Gueiros. Ex-Professor Catedrático de Direito Judiciário Civil, da Faculdade Brasileira de Ciências Jurídicas e Ex-Professor de Prática Forense da mesma Escola. Ex-Professor de Direito Privado Comparado e de Direito Público Especializado, do Curso de Doutorado, da Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro. Foi Livre-Docente da Cadeira de Direito Judiciário Civil, da UERJ e Ex-Professor Catedrático Interino de Direito Judiciário Civil da mesma Faculdade, bem como Professor titular da Cadeira de Direito Processual Civil, das Faculdades Integradas Bennett. Juiz Federal de 1967 até 1978, Seção Judiciária do Rio de Janeiro, onde exerceu, além de atividades judicantes, as de Diretor do Foro e Corregedor dos Serviços Auxiliares, por mais de um período, tendo instalado a Seção. Também fez parte do Tribunal Regional Eleitoral. Nomeado Ministro do TFR a 6 de dezembro de 1977, pelo Presidente Ernesto Geisel, em conseqüência ao aumento do número de membros da Corte, de 13 para 19, tomou posse no dia 19 de dezembro do mesmo ano. Iniciou as suas atividades como membro da antiga 4ª Turma. Fez parte do Conselho de Administração e é membro, também, do Conselho da Justiça Federal. De suas decisões no Tribunal, salienta-se entre outras, a que foi proferida na AC nº 40.405/SP, publicada no DJU de 2.4.80, pág. 2008, em que se assentou que a viúva pensionista previdenciária que se recasa não perde o direito à pensão, servindo o acórdão respectivo como justificação de projeto de lei apresentado na Câmara dos Deputados visando à alteração do art. 39, letra b, da lei nº 3.807/60. Compôs a comissão de Adequação do Anteprojeto Buzaid à Lei nº 4.215/63. Fez parte do Diretório Acadêmico. Integrou o Tribunal Superior Eleitoral como Juiz Substituto em 10 de fevereiro de 1981, eleito em sessão do TFR em 17 de outubro de 1981. Em sessão do mesmo Tribunal, de 24 de setembro de 1981, foi eleito Juiz Efetivo do TSE, empossado na 62ª sessão, de 6 de outubro de 1981. Eleito no TSE para o cargo de Corregedor-Geral em 1º de setembro de 1983, foi empossado na 61ª sessão, em 6 de setembro de 1983. Teve sua despedida em 6 de outubro de 1993, na 72ª sessão do TSE.
Congressos, Conferências e Palestras: Convidado Especial do Instituto Brasileiro de Direito Judiciário Civil, da Faculdade de São Paulo, ao congresso de Direito Processual Civil, realizado em 1965, Campos do Jordão/SP.
Títulos Honoríficos e Homenagens: Ordem do Mérito Jurídico Militar (distinção), Superior Tribunal Militar; Ordem do Mérito Cel. Assunção, Polícia Militar do Estado da Guanabara; Medalha Comemorativa do 20º Aniversário de Fundação da Faculdade de Direito de Caruaru; Distintivo das Faculdades Integradas Bennett (B de Ouro), como Professor Fundador; Medalha do Mérito Cultural de Pernambuco.
Participação em Instituições Jurídicas: Membro do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, como representante da seção de Pernambuco, de 1963 a 1966, com mandato sucessivamente renovado; Membro do Instituto dos Advogados Brasileiros, no mesmo período, continuando, após o seu ingresso na Magistratura, como membro honoris causa da mesma instituição; Membro da Associação do Ministério Público do Brasil; Membro da Associação dos Magistrados Brasileiros; Membro da Associação dos Magistrados Federais.
Bibliografia: Colaborou na revista Cadernos Acadêmicos, onde publicou trabalhos de doutrina; Sugestões, Emendas e modificações parciais ao Anteprojeto do Código de Processo Civil, de autoria do Prof. Alfredo Buzaid, quanto aos artigos 172/291; Colaborador do Repertório Enciclopédico do Direito Brasileiro; Ex-Diretor e colaborador da Revista de Direito (Editora Freitas Bastos); Autor da obra de pesquisa jurídica científica denominada "Nível de Delinqüência Infantil na Cidade de Recife"; Autor do trabalho de doutrina denominada "A Lei Judiciária no Tempo"; Autor do trabalho científico denominado "Acumulação de Cargos Técnico e Magistério"; Autor de estudo jurídico sobre Oposição; Autor de programas de ensino, pareceres diversos, votos e acórdãos, em assuntos e processos levados a exame pelo Conselho Federal da OAB, no seu Pleno e na 1ª Câmara; Autor de trabalhos jurídicos forenses, resultantes da sua atividade como advogado; Autor de trabalho publicado na Revista da OAB/DF, nº 9/1980, pág. 91, sob o título Juiz Natural (voto de julgamento); Autor da tese de concurso para Docente-Livre da UBERJ, da cadeira de Direito Processual Civil: "Conflitos Intercontextuais de Processo - Prevalência das Normas Processuais Genéricas".












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Eraldo Gueiros Leite


- Nasceu no dia 18 de janeiro de 1912, na cidade de Canhotinho, Pernambuco, filho de José Ferreira Leite e de Amélia Gueiros Leite.
Quando os filhos do senhor José Leite atingiram a idade escolar para freqüentar o curso ginasial, ele comprou uma casa no Recife, no bairro do Derby e ali fixou residência. Assim, aos 12 anos, Eraldo Gueiros cursou o secundário no Ginásio Pernambucano e o preparatório no Ateneu Pernambucano e no Colégio Pedro Augusto. Em 1931, ingressou na Faculdade de Direito do Recife e bacharelou-se em 1935.
Exerceu a profissão de advogado em Canhotinho, aos 23 anos. No período de 1935 a 1937, foi promotor público na comarca de Águas Belas; advogado do Instituto do Café de Pernambuco; chefe do Departamento Jurídico da Pernambuco Tramways (reassumiu a chefia no período de 1943/64), empresa canadense que prestava serviços de luz e força no Recife, e adjunto de promotor público à Justiça Militar. Em 1941, foi nomeado substituto interino da promotoria de 3ª categoria da Justiça Militar. Por dois anos, 1942/43, serviu junto ao Conselho de Justiça Militar no destacamento misto instalado na Ilha de Fernando de Noronha, designado pelo então Ministro da Guerra, Eurico Gaspar Dutra.
Casou-se com Olga Monteiro Leite e com ela teve cinco filhos. Depois da morte de Olga, contraiu segundas núpcias com a Procuradora da Justiça Militar, Marly Vale Monteiro, com quem teve uma filha.
Em quatro governos militares ocupou importantes funções. No governo do general Eurico Gaspar Dutra (1946-1951), após concurso do Superior Tribunal Militar, foi promotor da Auditoria da 7ª Região, no Recife; no do Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco (1964-1967), foi Procurador-geral da Justiça Militar, no Rio de Janeiro; no do Marechal Artur da Costa e Silva (1967-1969), foi nomeado e assumiu como Ministro do Supremo Tribunal Militar; e no do General Emílio Garrastazu Médici (1969-1974) foi indicado pela Aliança Renovadora Nacional (Arena) para governador de Pernambuco e eleito pela Assembléia Legislativa em 1970. Tomou posse em 1971 e concluiu seu mandato em março de 1975.
Como governador, realizou diversas obras como: construção da barragem de Tapacurá e de barragens, açudes e poços no sertão; um grande aqueduto para o transporte de água da represa de Tapacurá para o Recife; apoio à cultura pernambucana, com a restauração e preservação de logradouros e edifícios antigos, como a antiga penitenciária do Recife, transformada em Casa da Cultura; interiorização de penitenciárias; eletrificação rural; projetos de turismo, como a construção da cidade-teatro Nova Jerusalém, onde é encenada anualmente o drama da Paixão de Cristo; dinamização do programa educacional do Estado, dando ênfase ao treinamento da mão-de-obra especializada; auxílio às atividades econômicas, como a mineração e a agropecuária, bem como a criação de módulos industriais e ampliação dos serviços da Secretaria da Saúde.
No ano de 1983, Eraldo Gueiros Leite faleceu, no Hospital Santa Joana, no Recife, vítima de complicações respiratórias decorrentes de uma pneumonia.









Beatriz Lyra

Beatriz Lyra Nov 1, '06 1:42 PM
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Beatriz Alcina de Lyra Andrade nasceu em Canhotinho (PE).

Participou de novelas como "A Moreninha" (1975), "Escrava Isaura" (1976), "À Sombra dos Laranjais" (1977), "Marina" (1980), "Baila Comigo" (1981), "Brilhante" (1981), "Elas por Elas" (1982), "Sol de Verão" (1982), "Amor com Amor Se Paga" (1984), "Novo Amor" (1986), "Mandala" (1987), "O Dono do Mundo" (1991), "Felicidade" (1991), "História de Amor" (1995), "Por Amor" (1997), "Laços de Família" (2000) e "Mulheres Apaixonadas" (2003).

Na TV, ainda participou de produções como "Ciranda, Cirandinha" (1978) e "Você Decide" (1992-1999).

No cinema, Beatriz Lyra atuou em "Lua-de-Mel e Amendoim" (1971), "Este Rio Muito Louco" (1977) e "J.J.J., O Amigo do Super-Homem" (1978),

É considerada uma das atrizes preferidas do autor Manoel Carlos, de quem atuou em nove novelas.

Em 2004, Beatriz Lyra fez uma participação especial em "Senhora do Destino", no papel de uma enfermeira.



ADALGISA CAVALCANTI




ADALGISA CAVALCANTI
Foi comunista a primeira deputada estadual de Pernambuco Nascida em Canhotinho - PE, em 28 de julho de 1905, filha de pequenos criadores e proprietários de terra. Como a mãe houvesse falecido, aos 11 meses ela é adotada pelos tios, com os quais passa a residir. O tio, plantador, criador e funcionário público, anti-religioso como a esposa, era político e, conforme nos diz Adalgisa, acompanhava sempre o Governo, embora simpatizasse com a Oposição, coisa que escondia, evidentemente.Em 1934, teve os primeiros contatos com a literatura marxista, que, conforme confessa, era para ela de difícil compreensão. Só havia feito o curso primário, mas o Partido a instara a estudar um pouco mais, e durante alguns meses ela foi ajudada nesse particular por um professor, amigo. Perseguida por suas idéias e por seu trabalho junto ao Partido, ela foi presa pela primeira vez em 1936. Respondeu a processo, foi condenada, passou quatro meses na Colônia Penal do Bom Pastor. Ao sair dali, viveu na clandestinidade, até a legalização do Partido, com o fim do Estado Novo. Passa então a integrar o Comando do Diretório dos Comunistas em Pernambuco e se torna sua candidata preferencial. Em junho de 1954 ela confessa ter sido presa nove vezes. Em nenhuma dessas prisões sofreu tortura ou espancamento, como acontecia com outros membros do Partido, mas somente "provocações e ofensas morais", às quais respondia à altura, como confessa. Ao todo, segundo testemunho de sua sobrinha, por vinte vezes Adalgisa sofreu a humilhação da prisão. Adalgisa que se casou em 1922, que nunca teve filhos, tornou-se deputada em 1947: teve 2.298 votos, superando assim vários candidatos de outros partidos influentes. Adalgisa Rodrigues Cavalcanti foi uma parlamentar atuante. Ao todo, Adalgisa Cavalcanti esteve presa durante vinte períodos, segundo afirmou na sessão da Assembléia que a homenageou, no dia 15 de setembro de 1997, sua sobrinha, Luciene de Freitas Brito



POETA ZETO



José Antonio do Nascimento nasceu em Canhotinho, Pernambuco, em 1956 e encantou-se em Recife em 2002. Músico e poeta declamador que viveu no Recife dos 19 aos 29 anos. Mudou-se em 1986 para São José do Egito, Sertão do Pajeú, para viver o amor com a cantora e poeta Bia Marinho, filha do poeta Lourival Batista e com quem teve dois filhos: o poeta Antonio Marinho do Nascimento e o músico Miguel Marinho. Zeto tinha formação musical e literária urbana. Sertaniou sua poesia após viver no berço da poesia popular e aprendeu suas regras após receber de presente do poeta Ésio Rafael, a Cartilha do poeta Bráulio Tavares. Presença marcante nos congressos de violeiros e eventos culturais da década de 80 e 90, participando ora como declamador e músico, ora como jurado. Zeto acordou a glosa em São José e puxava cantorias e pés-de-parede para reavivar o costume das pelejas fora dos congressos de cantadores. Cantava todos os sábados com o violeiro Zé Catota e vivia em conversas de versos com os poetas da região do Pajeú.